Alunos da EPM-CELP em estágio no CISM

Dois alunos da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP), Renato Oliveira e Rita Almeida, do 12.º ano, realizaram, em junho passado, estágios no Centro de Investigação em Saúde da Manhiça (CISM) na componente laboratorial, no âmbito do programa de estágios em vigor naquela instituição de investigação científica. No fim da formação, que durou uma semana, Renato Oliveira não escondeu a sua satisfação e concedeu, ao portal do Centro, a entrevista que se segue, publicada no Boletim Interno.

A solicitação do estágio no CISM, segundo Renato, foi motivada pelo facto do "CISM ser uma instituição com um dos laboratórios mais prestigiados do país e por estar diretamente ligado a um Hospital, no caso, o Distrital da Manhiça, o que irá impulsionar um excelente começo da vida estudantil na Faculdade de Medicina e, mais tarde, como profissional", disse o estudante, acrescentando que está munido de uma base teórica e prática que teve oportunidade de explorar nos laboratórios do CISM.

Renato descreve a sua experiência no CISM como "início de algo grande e esse início só seria possível realizar de forma mais adequada no CISM pelas condições que os laboratórios oferecem".

De acordo com o estudante da Escola Portuguesa, os temas abordados foram bastantes completos e específicos para cada laboratório. O estudante descreveu que teve a oportunidade de acompanhar o trabalho dos laboratórios de Parasitologia, Biologia Molecular, Hematologia e Bioquímica, Entomologia, Bacteriologia e Imunologia, onde, de forma particular, acompanhou o processamento e diagnóstico de amostras clínicas de pacientes internados no Hospital Distrital da Manhiça e da comunidade da Manhiça, no âmbito da assistência clínica e investigação científica do CISM.

"Pretendo seguir medicina, por isso, a grande Lição que levarei comigo é a ética laboratorial e outros procedimentos e normas laboratoriais, concretamente, na área de biologia molecular, pois foi onde tive um maior contacto durante o estágio", acrescentou Oliveira.

Quando perguntado sobre sua preferência em termos de componente laboratorial, o estudante enfatizou que ficou fascinado pela biologia molecular e pela parasitologia, pois foram os locais que esteve por mais tempo e teve oportunidade de "pôr a mão na massa", ou seja, de experimentar de forma efetiva os equipamentos usados nestes laboratórios.

De acordo com a Responsável da Área de Formação do CISM, Teresa Machai Macete, desde a sua criação, o Centro tem apostado no desenvolvimento do capital humano nacional, investindo na formação de investigadores e de pessoal técnico, abrindo espaço para que estudantes interessados possam realizar seus estágios no Centro.

Esta disposição, segundo a Responsável, demonstra que as atividades de formação têm sido uma das áreas estratégicas da instituição, na sua maioria, dirigidas a potenciais e atuais jovens investigadores e pessoal técnico que são cruciais para garantir a sustentabilidade do Centro, contribuir para o desenvolvimento das capacidades de investigação em saúde em Moçambique e liderar o desenvolvimento do país no sector da saúde pública. "E com a Escola Portuguesa em particular, estabeleceu-se uma relação graças à qual, alunos de ciências dos últimos anos têm passado pelo Centro, num processo de orientação profissional." Enfatizou.

 

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