Uma visita de estudo configura-se como uma estratégia pedagógica colocada ao alcance dos docentes que visa promover o desenvolvimento de competências intersociais e científicas.
No contexto da escola atual, estas visitas, quando bem preparadas, planeadas e guiadas, são uma ótima ferramenta pedagógica para professores e alunos. São consideradas como um complemento importante ao currículo escolar. Em muitos casos, permitem a apropriação / consolidação das aprendizagens realizadas em contexto de sala de aula. Foi o que aconteceu aos alunos das seis turmas do 2º ano da EPM-CELP, no dia 22 de março. Inserida no desenvolvimento do seu projeto anual, a visita de estudo ao JARDIM TUNDURU foi encarada, por alguns docentes, como um fator motivante para mais e melhores aprendizagens durante o 3º período que se avizinha e, por outros, como um momento para consolidar conhecimentos trabalhados durante o mês de março. O facto de nem todas as turmas estarem a desenvolver, no mesmo momento, os mesmos conteúdos , é mais um sinal de que a flexibilização, articulação e contextualização estão a ser implementadas a nível destas turmas.
Então, mas o que aconteceu neste dia? Os cerca de cento e trinta alunos do 2º ano deslocaram-se, em autocarros escolares, para o Jardim Tunduru situado na zona mais antiga da cidade. Este Jardim conta já com 124 anos e teve variadíssimas intervenções estéticas. Os alunos foram guiados pelos seus professores, tendo a visita iniciado, para todos, no arco da entrada principal. Depois, em pares, os alunos das turmas tomaram caminhos diferentes dentro do Jardim. Esta estratégia permitiu que não estivessem demasiados alunos no mesmo local ao mesmo tempo, o que faria com que se perdesse a possibilidade de ouvirem, verem, sentirem e cheirarem o ambiente, com a tranquilidade que se desejava. Todos passaram pela Estufa, Santuário do Morcegos, Aquário Artificial, Coreto e caminhos do jardim. Observaram tudo, com muita atenção, e foram registando, por meio de desenhos, no seu guião, alguns desses locais. A visita terminou por volta das 11 horas e, no regresso aos autocarros, era evidente a satisfação de todos por esta manhã diferente, mas interessante e tranquila ,que lhes proporcionou um contacto direto com um espaço ajardinado que não conheciam e que urge proteger. Afinal, só se protege aquilo que se conhece.
Marco Alves
