Aluna Constança Correia ganha Menção Honrosa no “Ensaio Filosófico”

“O que faz de alguém homem ou mulher? Existirá uma essência de género?” São estas as perguntas a que a nossa aluna Constança Piscarreta Correia, do 11ºC, procurou responder no ensaio filosófico da sua autoria, enviado à 9ª edição do Concurso “Ensaio Filosófico no Ensino Secundário”, promovido pela Associação de Professores de Filosofia, em colaboração com a Rede de Bibliotecas Escolares, sobre o tema “Questões de Género”. O concurso decorreu no passado mês de junho, no final do ano letivo, e os resultados foram divulgados no dia 14 de setembro.

O Júri do Concurso atribuiu o Prémio de “Menção Honrosa” ao ensaio, destacando a boa capacidade de problematização e a boa mobilização do conhecimento relativo aos filósofos apresentados.

No seu ensaio, partiu da análise dos conceitos de sexo e género, evidenciando que os atributos associados ao género são estabelecidos social e culturalmente, perdendo-se a sua origem no tempo, sendo transmitidos através de padrões de comportamento considerados próprios do homem e da mulher.

Defendeu uma perspetiva de acordo com a qual não existem características “naturais” ou “essenciais” que possam definir uma identidade fixa e imutável da masculinidade ou da feminilidade.

Mostrou que esta conceção, segundo a qual a identidade de género resulta fundamentalmente de uma construção social, é importante, uma vez que vai possibilitar a defesa da alteração dos papéis tradicionalmente atribuídos ao género.

“Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”, é a frase emblemática da filósofa Simone de Beauvoir (1908-1989) que lançou o debate sobre a suposta “naturalidade” das atribuições de género.   

Depois de abordar alguns filósofos que marcaram as diferentes vagas do movimento feminista, concluiu o seu ensaio com a defesa de uma proposta filosófica humanista, e universalista ligada à defesa dos direitos das mulheres, como parte integrante dos direitos humanos, com grande impacto, nomeadamente em países em desenvolvimento, salientando a importância da adoção de políticas que garantam a todos os seres humanos a realização plena das suas capacidades e potencialidades.

Parabéns à Constança e à EPM-CELP!

 

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