Alunos do ensino secundário da EPM-CELP realizaram, nos dias 26 de outubro e 8 de dezembro, estágios em diferentes áreas, cujo propósito foi preparar os alunos para enfrentarem os desafios e as oportunidades do futuro, contribuindo para o desenvolvimento de competências sócio emocionais, como a comunicação, a criatividade, a colaboração, o pensamento crítico, a resolução de problemas, entre outros, em contexto laboral. Designada “EPM @work”, a iniciativa foi organizada pela Direção e da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola.
Acompanhe, a seguir, os testemunhos de quatros alunos que, pela primeira vez, foram inseridos num mundo de trabalho.
Lucas Serra – 10-º ano, Curso Profissional Técnico de Turismo
O meu estágio foi no Acácia Inn Guesthouse Maputo, uma espécie de pousada para estrangeiros, em outubro. Lá aprendi a mexer na máquina digital de faturação, aprendi a dirigir-me e atender as pessoas que procuravam pelos serviços, a embalar comidas. Durante o dia, que durou o meu estágio, mostraram-me todo o estabelecimento e falaram de cada serviço disponível na Casa. Já tive algumas oportunidades de fazer o mesmo em outros sítios, mas cada sítio tem uma forma diferente de trabalhar. E achei a de lá muito espetacular.
Yara Melo – 11.º C
Eu fiz dois estágios, um em junho na Rádio Moçambique, e outro no dia 8 de dezembro, na Prol Imobiliária. Na rádio trabalhámos na área das crianças – embora fôssemos adolescentes. Produzimos uma história e gravamos. A experiência, na rádio, foi gratificante, mas, apesar disso, percebi que não tenho tanta confiança em falar e que não era, certamente, a coisa que eu queira fazer. Trabalhámos lá durante um dia inteiro. Ficámos, a maior parte do dia, a escrevermos histórias.
O segundo estágio foi na Prol Imobiliária. Fui para lá porque pensei que fosse para aprender sobre a área da imobiliária. Quando chego lá percebo que a empresa é, igualmente, focada em Higiene e Saúde no Trabalho. Falámos com o pessoal que trabalha com questões de segurança, com o uso de máscaras, de todos os equipamentos de proteção individual e coletiva. O estágio fez-me perceber que apesar de ser interessante, não é o que quero.
Jade Cabrita – 11.º C
Eu fiz o estágio em junho, na Pimenta – uma empresa de advocacia. Estive lá durante três manhãs, e explicaram-me, no primeiro dia, sobre o que eles fazem, e as qualificações para cursar Direito. No segundo dia, fomos às instituições que trabalham com os documentos, como cartórios, e, no terceiro, tivemos uma sessão no tribunal. Gostei muito do estágio. O Direito era uma das opções que tinha, mas, ao fazer o estágio, percebi que não era bem o que eu quero. É muito burocrático. Mas deu para pensar em outras opções. E acho que foi melhor assim do que prosseguir e me desiludir na frente. Foi uma boa experiência. Deu para perceber, sobretudo, como é que funciona o mundo do trabalho, a dinâmica, as relações entre os colegas, a linguagem…
Agora restam-me duas opções. Aliás, só uma. Depois do Direito, pensava em fazer Serviço Social ou Psicologia Comunitária. A segunda também exclui por ter muita burocracia. Então, só me resta a Psicologia Comunitária.
Rita Reis – 10.º A4
O meu estágio foi no dia 08 de dezembro, na JJR, uma empresa Engenharia Civil. Fiquei lá uma tarde. O tempo não foi suficiente porque não consegui ver como é que tudo funciona. Fomos a uma das construções deles, na continuação da estrada da Julius Nyerere. Estiveram a explicar-nos como é que funciona todos os processos de reabilitação de uma estrada. Um dos engenheiros, o topográfico, explicou também como é que funciona a parte da topografia para as estradas. E no escritório, uma das administradoras explicou sobre o intercâmbio que existe entre Moçambique e Portugal, na área da Engenharia.
Mas, por causa da minha paixão por projetos, gostaria que me tivessem explicado como é que funciona a submissão de projetos, a parte do desenho do projeto. Não tive a oportunidade de ver a parte que antecede a execução de uma obra.
