Ciência Viva visita EPM-CELP e partilha conhecimento com alunos

A presidente da Ciência Viva e do Pavilhão do Conhecimento, Rosalia Vargas, a membro da Direção de Ciência Viva, Ivone Fachada, e o diretor executivo do Planetário do Porto – Ciência Viva, Filipe Pires, estão, desde ontem, de visita à Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP), onde, para além de explorarem os cantos e encantos científicos da Casa Amarela, partilham o seu conhecimento com os alunos e professores.

No primeiro dia, a comitiva – acompanhada por membros da CAP, diplomatas da Embaixada de Portugal em Moçambique, representantes da Associação de Pais e Encarregados de Educação, professores e alunos – foi recebida no Auditório Carlos Paredes da escola, e, posteriormente, prosseguiu pelo sótão, onde conheceu o novo espaço das artes da EPM-CELP, a “Alquimia das Artes”, que acolhe uma exposição de alunos, dedicada à obra do artista moçambicano Jorge Dias.

O espaço Mãos na Ciência foi palco de experimentações científicas conduzidas pelos alunos, que desafiaram e surpreenderam os visitantes. O encontro de saberes, curiosidade e partilha científica permitiu também divulgar os trabalhos da escola em prol da Ciência e do Ambiente, além de avaliar os avanços tecnológicos e científicos da “casa amarela”.

Mas foi no auditório que a presidente da Ciência Viva anunciou a intenção de oferecer à EPM-CELP um Módulo de Exposição de divulgação científica, reforçando o compromisso da instituição com a promoção do conhecimento e da cultura científica entre os estudantes. Para Rosalia Vargas, a EPM-CELP “é uma escola muito especial, porque tem muita vida, muita alegria, e a melhor maneira que nós conhecemos de aprender é com alegria, não é? E, portanto, envolvendo os estudantes, as alunas e os alunos”, disse, sublinhando que “isso foi notório na maneira como fazem a visita guiada, como dizem e na paixão que põem naquilo que fizeram; a maneira como explicam é, de facto, isso que nós queremos numa escola”.

E elogiou ainda: “A EPM-CELP é uma escola que não só vive o futuro – porque já está a viver o futuro –, mas olha para o futuro. E, portanto, é uma escola cheia de esperança para os estudantes e para os professores. Vemos aqui muitas áreas científicas e, de facto, é o sonho, porque também tem um museu dentro de uma escola”.

Questionado sobre a viabilidade de se construir um Centro de Ciência Viva na EPM-CELP, o diretor executivo do Planetário do Porto – Ciência Viva, Filipe Pires, respondeu que tudo “é mais uma questão de organização do espaço e de gestão de recursos humanos. Creio, por isso, que será viável talvez um espaço maior. O fator mais importante é que o conhecimento e os recursos humanos qualificados, já os têm”.

Segundo Filipe Pires, a visita visa, para além da demonstração da ciência, aprofundar a colaboração e partilha de sessões: “Temos muito gosto em partilhar as sessões que produzimos no Planetário do Porto com todos os membros da rede em Portugal, mas também com a rede internacional, e a Escola Portuguesa aqui, em Moçambique, faz parte dessa rede e é um parceiro como todos os outros”.

De acordo com Luísa Antunes, presidente da Comissão Administrativa Provisória (CAP) da Escola, a visita tem um significado especial. “Nós temos lá em cima a exposição Física no dia-a-dia, inspirada na obra do professor Rómulo de Carvalho, em que, no fundo, são as divisões da casa associadas a conceitos de física. Os alunos podem, com objetos do quotidiano, como água, clipes, panelas, colheres, fios, fazer experiências e perceber alguns dos princípios básicos da física. A intenção com esta exposição e com todas as valências que temos lá em cima é proporcionar aos alunos o gosto e o interesse pela ciência, pelo espírito crítico e pelo desenvolvimento da autonomia”.

Sobre a promessa da presidente Rosalia Vargas, de oferecer à escola um módulo de exposição de divulgação científica, a dirigente afirmou que é “tudo o que a escola mais precisa neste momento. Queremos ampliar as valências do espaço Mãos na Ciência. Temos a ambição de criar uma sala multissensorial. Esse módulo que a doutora Rosalia Vargas nos vai oferecer é para o espaço exterior, ou seja, poderá ser visto por todos os alunos diariamente lá fora. Agora iremos procurar o melhor espaço para o colocar. Mas sim, vai ao encontro das nossas ambições, sem dúvida alguma”.