Porque precisamos de iodo todos os dias? Quem nos respondeu a esta questão foi a Professora Catedrática da Escola de Medicina da Universidade do Minho (Portugal), Joana Almeida Palha, no dia 8 de outubro, no auditório Carlos Paredes da EPM-CELP.
Esta palestra, promovida pelo projecto “Mãos na Ciência”, foi dirigida essencialmente a alunos do ensino secundário e a professores.
Investigadora há mais de 30 anos, a palestrante abordou o iodo e a sua importância no desenvolvimento humano, salientando a necessidade diária deste mineral e o impacto da sua falta nas diferentes fases da vida. Explicou que a carência de iodo pode afetar vários sistemas do corpo humano e comprometer o desenvolvimento da inteligência, sobretudo quando ocorre durante a gestação, a latência ou a infância.
Cientes das implicações da deficiência deste mineral, num segundo momento da palestra, os alunos e professores foram convidados a testar o sal trazido de casa, com o objetivo de confirmar – ou não – a presença de iodo. Sem surpresa, a grande maioria das amostras testou positivo, uma vez que, em Moçambique, é obrigatória a comercialização de sal iodado. Um exemplo a seguir!
De forma interativa, os participantes foram alertados para o facto de a deficiência de iodo poder causar problemas como o bócio ou o hipotiroidismo, e para a importância de incluir na alimentação vários alimentos ricos neste mineral — como marisco, leite e derivados, ou algas — que ajudam a suprir as necessidades diárias.
Mas atenção, sushi lovers! As algas são muito ricas em iodo e, por isso, o seu consumo deve ser pontual e moderado, uma vez que o excesso pode levar à intoxicação.
A chave está em consumir iodo de forma equilibrada e diversificando a alimentação.
