Expandir as EPE e promover a Língua Portuguesa

Terminou, na passada quarta-feira, o III Encontro das Escolas Portuguesas no Estrangeiro, que decorreu em Maputo, entre 5 a 8 de maio, na Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP), juntando 17 dirigentes de escolas portuguesas, entre públicas e privadas, de Timor-Leste, Angola, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.

A sessão do encerramento do evento foi dirigida pelo Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, que, no seu discurso, reconheceu a importância das Escolas Portuguesas no Estrangeiro para a promoção da língua e cultura portuguesas, apontando o objetivo de alargar a rede, eventualmente com iniciativas privadas, consolidando a cooperação com os países onde estas se encontram.

"Vamos promover essas escolas, onde elas são importantíssimas, e o fator que está aí, que está presente, reflete a importância que o Estado português e que o governo português dá a essas escolas. E por isso as escolas públicas continuarão a ser muito importantes, serão apoiadas e esperamos que, de facto, a rede se possa alargar e possa ter mais impacto", disse o Ministro, sublinhando o objetivo de "seguir” o exemplo da EPM-CELP, que conta com quase 1.700 alunos, do pré-escolar ao 12.º ano.

"Os privados, as escolas de iniciativa privada, que não são necessariamente uma iniciativa do Estado, têm também um papel importantíssimo. E, por isso, nós pretendemos que elas tenham um papel ainda mais importante porque, as geografias onde a língua portuguesa está presente é imensa e com populações em grande crescimento", apontou.

O próximo encontro anual das EPE será realizado em 2025 no Colégio São Francisco de Assis em Luanda Sul, Angola, precisamente uma escola de iniciativa privada. E argumentou: "As iniciativas privadas serão muito importantes, obviamente sempre com padrões muito elevados, porque têm uma grande responsabilidade em termos da qualidade do ensino que é oferecido", disse.

Do ponto de vista do Governo português, referiu, "Em espaços como Moçambique, em que a população cresce a um ritmo elevado e com uma população muito jovem, onde, por consequência, há necessidade de termos uma oferta educativa diversificada e com projetos educativos estimulantes e acessíveis ao maior número possível de pessoas, nesses espaços, obviamente, temos de apoiar estas escolas".

Sobre a construção de um edifício para a Escola Portuguesa de Moçambique - Polo da Beira, o governante português afirmou que "como esperamos estar aqui muitos anos e podermos continuar a colaborar durante muitos anos, temos de pensar num espaço que permita, por exemplo, e à semelhança do que temos aqui [Escola Portuguesa de Moçambique, em Maputo], um espaço que permita crescer de uma forma estruturada". E continuou "Obviamente, percebo que não seja fácil arranjar um espaço, em área, rapidamente, mas é isso que pretendemos e temos a certeza que da parte das autoridades moçambicanas vamos ter uma boa recetividade. Esperamos poder resolver isso rapidamente, para podermos depois avançar de facto com instalações que sejam definitivas, com capacidade de poder ir crescendo à medida das necessidades", concluiu.

O Governo português criou, em outubro passado, por portaria, o Polo da Beira da EPM-CELP, incorporando a atual escola, cuja formalização pública foi feita em dezembro.

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