O Embaixador de Portugal em Moçambique, António Costa Moura, acredita que é preciso que Moçambique e Portugal abordem a sua História e as efemérides mais marcantes do seu passado com um olhar positivo e construtivo, extraindo de cada momento dessa História aquilo que nos pode projetar para um futuro próspero e de paz. “A História é muito importante. Ninguém tem uma verdadeira consciência do presente se não for conhecedor da mesma. A História deve ser ensinada, e a História deve ser aprendida”, afirmou o diplomata português durante a entrevista concedida ao programa Xirico, da Rádio e TV EPM, a propósito das celebrações dos 32 anos do Acordo Geral de Paz, assinado, em Roma, a 4 de outubro de 1992, por Joaquim Chissano, então Presidente de Moçambique, e Afonso Dhlakama, líder da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO).
Para o Embaixador, os 32 anos de Paz de Moçambique devem expressar o crescimento do país, a todos os níveis. Ou seja, “Moçambique tem ainda um longo caminho a percorrer no que se refere à educação e ao fortalecimento da escola pública, pois sem conhecimento não se constrói o futuro”. Para o nosso interlocutor, a educação constitui a base de um país novo, onde a estabilidade garante a paz, segurança e crescimento económico.
No seguimento da sua intervenção, realçou a cooperação como instrumento de aproximação entre os dois países e reforçou o seu “efeito multiplicador de coisas positivas”.
Questionado sobre as lições [de paz] que Moçambique pode oferecer ao mundo, António Costa Moura afirmou que “a capacidade de afirmação feita pelos moçambicanos de encontrarem a paz será tanto mais importante, para a comunidade internacional, quanto maior for a capacidade de provarem que o modelo implementado no seu país foi um modelo bem-sucedido”, afirmou, sublinhando que neste caminho para o desenvolvimento, Portugal “esteve, está e estará sempre presente no relacionamento com Moçambique”.
