“Práticas partilhadas” – Um espaço para ouvir!

“Como utilizar os materiais de sala de aula, para trabalhar com os alunos com Perturbação do Espectro do Autismo (PEA)?” foi o mote da formação “Práticas partilhadas” que decorreu às terças-feiras de tarde, durante os meses de setembro e outubro do presente ano letivo. A mesma permitiu que a terapeuta da fala, Catarina Domingues, e a educadora Susana Gonçalves, enquanto formadoras, capacitassem os técnicos que apoiam os alunos do 1º ciclo, maioritariamente com PEAs, bem como alguns dos técnicos da Sala de Ensino Estruturado, e o terapeuta da fala Marco Nunes, para uma utilização dos materiais mais diversificada e ajustada às capacidades e fragilidades dos referidos alunos.

A formação foi organizada em quatro momentos:  observação centrada em atividades naturais; planificação de atividades (projeto TaCTIS), em que cada formando selecionou uma atividade para implementar com um aluno; pequenas dramatizações partindo de situações frequentes no quotidiano dos alunos com perturbação do espetro do autismo; apresentação de informação em PowerPoint sobre as crianças e a sua autonomia para uma partilha entre os participantes.

A formação foi construída de acordo com as necessidades que iam sendo observadas e conduzida de acordo com a interação estabelecida entre formadoras e participantes. Os técnicos tiveram oportunidade de apresentar as suas preocupações e práticas pedagógicas

 Contudo, como nem sempre existem recursos adequados às necessidades sentidas num determinado momento, importa observar o aluno, conhecer as suas competências e fragilidades, para se partir do ponto de desenvolvimento em que ele efetivamente está e proporcionar as oportunidades de comunicação, autonomia, socialização e aprendizagem de que necessita. É urgente abrandar a velocidade dos currículos e priorizar aquilo que de facto está ajustado ao aluno e à sua família, pois esta é fulcral para continuar o trabalho e ajudar o aluno a crescer.

Segundo as palavras de alguns formandos, esta formação: “(…) permitiu-nos dizer muita coisa. Se houver um problema, já sei a quem recorrer.”

“Aprendi a fazer uma planificação objetiva para uma atividade. Aprendi a observar a criança, a deixá-la ser livre e ver o que se passa e qual a sua finalidade, antes de intervir com ela.”

“Percebi que mesmo que a criança não seja verbal, é importante que o adulto verbalize o que estão a fazer, o que está a acontecer.”

“Percebi que não estou sozinho nas preocupações. Aprendi a ser mais flexível e a partir das atividades da criança. Aprendi a ser mais paciente, criativo e a pensar fora da caixa.”

Deixando uma sugestão para o futuro:

“Sugiro que no futuro possam abordar outros tipos de diagnósticos e que do grupo de formandos também façam parte os professores dos alunos.”

É importante que a reflexão seja uma prática constante e, sempre que possível, em grupo, para que se possa proporcionar experiências verdadeiramente significativas, adequadas e satisfatórias aos alunos com PEA e às suas famílias. O conhecimento é imenso e está em constante atualização, pelo que manter-se flexível e de mente aberta é extremamente valioso quando se intervém com estes alunos, que todos os dias nos podem surpreender de forma mágica!

TF Catarina Domingues e Educadora Susana Gonçalves

TF Catarina Domingues e Educadora Susana Gonçalves

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