“Quem ensinou a avó a contar estórias?” celebra escuta, memória e o poder do afeto

No âmbito das comemorações do Dia da Criança, foi lançado, na manhã de 2 de junho, no Auditório Carlos Paredes da EPM-CELP, mais um livro editado pela EPM-CELP. “Quem ensinou a avó a contar estórias?”, da autoria de Nelson Lineu, ilustrado por Ídasse Malendza e com coordenação editorial de Teresa Noronha, marca a estreia do autor na literatura infantojuvenil e convida os leitores de todas as idades a revisitar imagens fundacionais de infância.

“A poesia sempre habitou em mim – não apenas sob a forma escrita, mas na forma de olhar para as coisas”, e, por esta razão o livro é também “uma carta sensível ao poder da memória, ao amor entre gerações e à escuta como forma de resistência íntima”, confessou Lineu durante a apresentação, que contou com a presença do escritor Mauro Brito e da coordenadora, professores e alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico.

A estória narra o drama de uma neta que, após a morte do avô, exímio contador de estórias, descobre que a avó Madalena, tal como ela, sente a falta das mesmas e decide ajudá-la a reencontrar sua voz. “No livro habita, sobretudo, a voz do amor entre os avós e os netos. Esta surge como a água do mar à procura da margem”, explica Lineu, evocando a delicadeza dos gestos afetivos que permeiam a narrativa.

Conhecido principalmente como poeta, o autor contou como encarou o desafio de saltar para a prosa infantojuvenil: “Sempre escrevi poesia e prosa, mas meus dois primeiros livros eram de versos. Neste conto infantil, tive de trabalhar a sensibilidade, os cheiros, a simplicidade – uma aventura que o universo literário me permitiu.”

Apesar de dirigido ao público infantil, o livro já conquistou os leitores adultos: “Ouvi dizer que Lineu se reencontrou na literatura infantojuvenil. ‘Quem ensinou a avó a contar estórias?’ incitou a leitura de várias gerações — e isso me enaltece”, refere, emocionado, o autor.

A apresentação do livro contou ainda com uma pequena encenação da história pelo ator Fernando Macamo, que encerrou cada uma das três sessões da manhã do dia 2 de junho, e consolidou a proposta de Lineu de “reconquistar a voz dos que habitam nossa memória afetiva”.

                                                    

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