Turmas de ciclos diferentes partilham objetos filosóficos

Recentemente, tivemos uma experiência muito interessante na nossa turma: nós, alunos de filosofia do secundário (11º ano), apresentámos objetos que consideramos filosóficos à turma A do 4º ano. Embora possa não parecer uma atividade de grande relevância, a experiência relevou-se muito envolvente para todos os que nela participaram.

A filosofia, muitas vezes vista como uma disciplina complexa e distante, foi abordada de forma mais acessível e divertida. Ao trazermos objetos do quotidiano, suscitámos nas crianças mais novas a associação dos mesmos a ideias “filosóficas”. Por exemplo, na minha apresentação mencionei que uma pedra pode servir de metáfora para o conceito de força e resistência, o que, espero eu, fez com que as crianças pensassem na pedra de maneira diferente, não só com a pedra, mas também como tudo aquilo que pode ser associado a ela, tanto fisicamente como simbolicamente.

 Este tipo de atividade ajuda-nos a deixar de pensar na filosofia como algo místico e complexo, tornando-a mais próxima da realidade que nos envolve. Esta atividade não foi apenas importante para os alunos do 4º ano pela forma de encarar a filosofia, mas também para nós, alunos do secundário. Explicar um conceito complexo de uma forma simples é verdadeiramente desafiante, e, ao mesmo tempo, uma forma de aprofundarmos o nosso próprio entendimento. Para mim, foi uma oportunidade de refletir sobre o quanto a filosofia pode estar presente nas pequenas coisas do dia-a-dia e como conseguimos passar esse conhecimento para outras pessoas, de maneira clara e acessível.

Além disso, a interação entre diferentes faixas etárias pode ser muito enriquecedora para todos. Para os mais novos, é uma oportunidade para ouvirem e conversarem com alunos mais velhos num ambiente de partilha e troca de experiências. Eles podem começar a preceber que a filosofia não é um bicho de sete cabeças, somente entendido por adultos, mas algo que pode e deve ser explorado em qualquer fase da nossa vida. Para mim, pessoalmente, o contato com as crianças reforçou a minha capacidade de comunicação e de empatia, pois tive de adaptar a minha explicação a uma linguagem simples, acessível, mas ao mesmo tempo envolvente.

Por fim, esta atividade proporcionou não só momentos de reflexão, como também contribuiu para o desenvolvimento de habilidades importantes como a comunicação e o pensamento crítico. Ao ver as crianças a pensarem de maneira diferente e a questionarem o mundo à sua volta, apercebi-me de que a filosofia tem um poder transformador.

Posso dizer que foi uma experiência que nos ajudou a crescer intelectualmente, quer à minha turma, quer às crianças do 4º ano.

Tahira Ibraimo

 11º A3

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