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O Embaixador de Portugal em Moçambique, António Costa Moura, acredita que é preciso que Moçambique e Portugal abordem a sua História e as efemérides mais marcantes do seu passado com um olhar positivo e construtivo, extraindo de cada momento dessa História aquilo que nos pode projetar para um futuro próspero e de paz. “A História é muito importante. Ninguém tem uma verdadeira consciência do presente se não for conhecedor da mesma. A História deve ser ensinada, e a História deve ser aprendida”, afirmou o diplomata português durante a entrevista concedida ao programa Xirico, da Rádio e TV EPM, a propósito das celebrações dos 32 anos do Acordo Geral de Paz, assinado, em Roma, a 4 de outubro de 1992, por Joaquim Chissano, então Presidente de Moçambique, e Afonso Dhlakama, líder da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO).

No dia 19 de setembro, tivemos a agradável surpresa de receber uma notificação para a EPM-CELP estar presente na Cerimónia de Entrega do Selo “Escola Ghandi” associado ao prémio Gandhi de Educação Para a Cidadania. A entrega dos prémios terá lugar no próximo dia 3 de outubro, pelas 15 horas, no auditório da Comunidade Hindu, em Lisboa e a EPM-CELP far-se-á representar pela Presidente da CAP.

O projeto premiado “O Xingnufu” consiste numa história criada e ilustrada por 78 crianças de quatro grupos da Educação pré-Escolar da EPM-CELP (grupos A, B, C e E), orientados pelas educadoras Ana Isabel Carvalho; Susana Gonçalves, Rosalina Nicau e Tânia Menino, usando a técnica Kamishibai plurilingue ou teatro de imagens.

Através deste projeto coletivo, promoveu-se o espírito cooperativo, a sensibilização e integração da diversidade de línguas existentes na nossa comunidade educativa, bem como o trabalho das diversas áreas de conteúdo incluindo as expressões. Algumas das personagens desta história nasceram a partir de outros projetos desenvolvidos no decurso do ano letivo 2023/2024.

Com as comemorações dos 50 anos do 25 de abril, simbolizando a Liberdade, foram construídos Pássaros reutilizando-se diversos materiais e técnicas. Os animais selvagens (leão, elefante e girafa), igualmente construídos com materiais reciclados e inspirados na exposição “Enferrujados”, patente na nossa escola, no âmbito da comemoração do seu aniversário e da educação para a sustentabilidade, surgem na história como proposta para a reutilização de materiais, vulgarmente chamados de lixo. As crianças deram nova vida ao lixo e com ele criaram verdadeiras obras de arte.

Partilhamos aqui o link para o visionamento da história.

 

https://youtu.be/cANbus6eM18?si=YAuEOlAjOjrZbgBH

Clube de Programação e Robótica da EPM está de volta para mais um ano letivo!

Com o Clube de Programação e Robótica queremos que os alunos se envolvam na realização de pequenos projetos que lhes permitam compreender o básico da programação por objetos associada à robótica.

A programação, para além de ser divertida, vai ajudar o aluno a desenvolver habilidades e competências importantes para o seu futuro.

Na 10ª Edição da Apps for good 2023/2024, que decorreu no Pavilhão do Conhecimento em Lisboa, no dia 18 de setembro, a EPM-CELP foi agraciada com o prémio “A melhor solução Tecnológica – Comunidades Portuguesas no Estrangeiro”, atribuído aos alunos Jade Cabrita, Constança Correia, Manuel Pousinho, Luan Noormahomed e Yara Melo, do 12⁰C que apresentaram a proposta "Crescemos juntas".

Ontem, a Escola Portuguesa de Moçambique recebeu a visita ilustre do Grupo Desportivo Parlamentar da Assembleia da República Portuguesa. Em entrevista realizada pelas jornalistas Sofia Ferreira e Tatiana Ten Jua, da Rádio e TV EPM-CELP, alguns membros da delegação partilharam as suas impressões sobre Moçambique e a importância do intercâmbio cultural.

No âmbito da programação alusiva às Jornadas Europeias do Património 2024, o espaço Moinho do Papel acolherá, no sábado, dia 21 de setembro, pelas 15h30, o lançamento do livro "Bashshar, o guardador de pássaros", com texto de Lurdes Breda e ilustrações de Roberto Chichorro, editado pela Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP).

Pelo segundo ano consecutivo a nossa aluna Constança Piscarreta Correia, do 12º ano, participou no Concurso “Ensaio Filosófico no Ensino Secundário” 2023-2024 – 10ª Edição, promovido pela Associação de Professores de Filosofia em colaboração com a Rede de Bibliotecas Escolares. Os resultados do concurso foram divulgados no dia 6 de setembro, tendo o júri decidido atribuir, também pelo segundo ano consecutivo, o prémio de “Menção Honrosa” ao ensaio enviado a concurso.  A deliberação do júri ficou a dever-se “ao caráter problematizador e à boa fundamentação do ensaio submetido. Destacando também como aspetos positivos: a relevância do tema, a diversidade das fontes e o investimento na investigação realizada, bem como a clareza e o rigor da expressão”.  

No seu ensaio, a Constança procurou responder à questão “Que desafios e limites se colocam à liberdade de expressão?

Esta pergunta surgiu da vontade de entender os debates que se têm instalado no espaço público acerca das questões relacionadas com a liberdade de expressão.

Atualmente, é comum ouvir-se falar muito do “politicamente correto”, conceito que transmite a ideia de que deve existir uma preocupação em excluir palavras, expressões ou opiniões potencialmente ofensivas ou discriminatórias.  Deste modo, assiste-se a uma progressiva intensificação da vigilância sobre o que pode ou não ser dito.  

Também na literatura, entre outras áreas, se tem vindo a sentir os pressupostos do “politicamente correto”, as editoras começam a recorrer a “leitores de sensibilidade”, que têm por tarefa encontrar expressões ou textos que, de algum modo, possam ser considerados ofensivos. São estes leitores que têm recomendado a revisão de obras de autores como Agatha Christie, Ian Fleming ou Enid Blyton. Algumas vezes introduzem avisos nas obras, prevenindo que certas expressões, ou certas partes do texto, podem ser potencialmente ofensivas. Outras vezes, alertam o leitor para a existência de expressões e linguagem desatualizadas. Perante isto, poderá estar em causa a liberdade de expressão? Como traçar os limites daquilo que pode ou não pode ser dito?

 Face a este cenário, a autora analisou o fundamento das propostas que têm surgido para impor limites à livre expressão.

No seu ensaio, Constança Correia defende que, em nome da civilidade e do respeito pela dignidade humana, devem existir limites à livre expressão, visto que, qualquer sociedade civilizada tem o dever de condenar e impedir atitudes, comportamentos e expressões racistas e discriminatórios, através da legislação vigente. Contudo, tem-se verificado o efeito “bola de neve”, com uma crescente intensificação da vigilância sobre palavras e opiniões, o que pode ter sérias implicações na limitação da liberdade de expressão.

Por isso, argumenta, que o valor da liberdade de expressão é inestimável, uma vez que é pela palavra que nos tornamos humanos e é através dela que desenvolvemos o pensamento crítico, a ciência, a arte e o conhecimento. É também fundamental para o desenvolvimento e construção de sociedades democráticas, dando voz a diversidade de opiniões e formas de ver o mundo.

Para a autora, a proibição das palavras e de certos discursos não os suprimem. Eles vão - se manifestar de forma ainda mais violenta; nas redes sociais, no discurso de ódio, em movimentos políticos extremistas e demagógicos que vão dar voz ao que é calado e censurado.

A Filosofia tem dado, desde sempre um contributo inestimável para as lutas travadas em defesa da liberdade de expressão, o que mostra que esta não é um direito adquirido, mas um direito em permanente construção.

Parabéns à Constança e à EPM-CELP