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Decorre, no átrio principal da EPM-CELP, a exposição dos Brinquedos Científicos, atividade que celebrou no passado ano letivo a sua 10ª edição. No início de cada ano letivo, os alunos do 3º ciclo são convidados, pelos professores de Físico-Química, a construir um Brinquedo Científico a partir de um qualquer Tema da Física ou da Química.

Para além de se constituir como um instrumento de avaliação na referida disciplina, na ótica do Perfil dos alunos à saída da Escolaridade Obrigatória, esta atividade visa envolver pais e Encarregados de Educação, bem como promover a interdisciplinaridade entre a disciplina de Físico-Química, Português e Tecnologias de Informação e Comunicação.

No âmbito da plataforma digital "Esp@cialmente Sustentável", do Projeto Salvar o Planeta, desenvolveu-se este ano a Atividade Solução-Problema, com os alunos do 8.º e 9.º ano de escolaridade e o grupo disciplinar de Geografia (Prof.º Armindo Gonçalves e Prof.º Ivan Gujamo) e Físico-química (Prof.º Pedro Santos) e organizou-se também uma exposição fotográfica, instalada presentemente na EPM-CELP, designada por 'Africa Blues'. Moçambique em 2100: projeções da crise climática nas faces daqueles que a vivem todos os dias, em parceria com WeWorld - GVC, através da Dr.ª Sílvia Giardi e com a colaboração da YCAC (Youth Platform for Climate Action). 

jovens cientistasconcursonacionaljovenscientistas2023Recentemente, três alunos da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP), Ana Reis (11.ºA1), Carolina Franco (11.ºA1) e Gabriel Pimentel (11.ºA4), estiveram na praia da Macaneta, numa visita inserida nas aprendizagens práticas de Biologia e Geologia. Observaram, identificaram e fotografaram dezenas de aves que se encontram ameaçadas devido ao crescente nível de ruídos e lixo, provocados pelo Homem. A ideia valeu-lhes estar entre os 100 melhores no 31º Concurso Nacional para Jovens Cientistas e a oportunidade de participar na 17.ª Mostra Nacional de Ciência, que decorreu nos dias 1, 2 e 3 de junho, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, onde ganharam uma menção honrosa.

O desafio, contaram os alunos, foi dos professores que os instaram a abordar um dos problemas de Moçambique, na perspetiva ambiental, como o impacto do fluxo do Homem na vida das aves de Macaneta. O grupo predispôs-se, então, antes, a analisar o comportamento dos animais em dois momentos: em dias de agitação populacional e de silêncio total. “Foi aí que descobrimos que a presença desorganizada do homem naquela região causa um impacto na biodiversidade das aves, principalmente nas endémicas. Por isso, é preciso ter consciência para ajudar a proteger as espécies”, contaram.

O projeto foi também elogiado pela organização por ter um “relatório muito bem estruturado e escrito com uma linguagem cativante e hipótese bem definida. Em suma, trata-se de um trabalho importante levado a cabo pelos alunos. Apresenta uma discussão cuidada e incisiva. O número total de espécies observadas e identificadas em apenas 5 campanhas é impressionante”.

Para os alunos que, embora numa visão restrita sobre os fenómenos devido às suas limitações, observaram a vida das aves, é preciso que se crie uma zona de proteção ambiental. E a razão é simples: “O aumento dos ruídos sonoros tem perturbado o acasalamento das aves e o chamamento das espécies. A presença do Homem cria um desequilíbrio que afeta todo o ecossistema. Por isso, algumas aves serão extintas”.

E é isso que a Ana Reis foi debater no Porto. Acompanhada pelo professor de Biologia, José Tomé, Ana contou que levou problemas de Moçambique para consciencializar o mundo. Para ela, o facto de terem ficado entre os 100 melhores já traz uma sensação de realização. “Nós concorremos para um concurso português, e ter a oportunidade de, a partir de um problema de Moçambique, consciencializar o mundo para a extinção de aves, significa um ganho”, disse, para quem “essa é também uma forma de divulgar Moçambique pelo seu bem, mas também tentar sensibilizar as pessoas para que haja mudanças nas partes negativas”.

A Mostra é o culminar do 31.º Concurso Nacional para Jovens Cientistas e tem como objetivo promover os ideais da cooperação e de intercâmbio entre jovens cientistas e estimular o aparecimento de jovens talentos nas áreas da Ciência, Tecnologia, Investigação, Inovação e Empreendedorismo, através da realização de projetos científicos inovadores nas escolas, incentivando o empreendedorismo qualificado e favorecendo o aproveitamento económico do conhecimento científico e tecnológico.

É uma competição de âmbito nacional, coorganizada pela Fundação da Juventude e pela Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.

A EPM-CELP está, uma vez mais, de parabéns, pela capacidade concretizadora dos seus alunos.

Durante o 3º Período, a Escola Portuguesa de Moçambique - Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP), por meio do projeto Mãos da Ciência-CCVnE, teve a honra de estabelecer um importante intercâmbio educacional com o renomado Lycée Français Gustave Eiffel. Essa iniciativa consolidou os conhecimentos dos estudantes, com idades entre 5 e 15 anos.

Durante esse período, os alunos foram contemplados com uma série de atividades enriquecedoras. Entre elas, destacam-se as sessões de planetário, nas quais tiveram a oportunidade de observar e aprender sobre o fascinante Sistema Solar. Essa experiência proporcionou aos estudantes uma imersão única, despertando sua curiosidade e interesse pelo universo que nos cerca.

A última sexta-feira, 2 de junho, foi dedicada a experiências e demonstrações repletas de interesse científico na EPM-CELP. Criatividade, otimismo e ideias inovadoras, com soluções saudáveis para o ambiente e para o Mundo a partir da reciclagem, orientaram as apresentações de brinquedos científicos de dezenas de alunos, no Auditório Carlos Paredes. Para a edição 2022/2023, Luna Miquidade (8.ºB), António Novo (8.ºB), José Gonçalves (9.ºA) e Hassan Safieddine/Siena Cardeano (7.ºF) foram os grandes vencedores da noite que juntou ciência, reciclagem e ousadia.